Movido por suas concepções, tornou-se um ativista do movimento revolucionário, separatista e libertário, denominado Inconfidência Mineira, que teve como gatilho a inconformidade com as elites da Capitania, que em sua maioria, eram proprietários de terras e de escravos. Eles planejaram então, o assassinar o governador da regência e proclamar o republicanismo da Capitania de Minas Gerais, se emancipando de Portugal, que abusava firmemente da região, por sua quantidade de minas de ouro e diamantes, além de explorar os trabalhadores, os escravos e cobrar altos impostos.

No entanto, a mobilização não aconteceu, pois houve a traição do português Joaquim Silvério dos Reis, um dos inconfidentes, que denunciou todo o plano do movimento à Coroa Portuguesa, que investigou e prendeu todos os envolvidos, incluindo o Tiradentes.

Os aprisionados passaram cerca de três anos atrás das grades, aguardando o resultado do julgamento. Muitos perderam sua coragem ou se arrependeram, e negavam constantemente seu envolvimento, exceto Joaquim José, que afirmava abertamente sua participação no movimento. O resultado do julgamento foi o enforcamento de 10 pessoas. Contudo, a rainha Dona Maria I interveio, e foram perdoados 9 dos 10 inconfidentes condenados, sendo o único restante o Tiradentes, que foi enforcado e esquartejado no dia 21 de Abril de 1792, e teve sua cabeça exposta em praça pública, afim de amedrontar futuras revoltas.

Anos mais tarde, com a Proclamação da República e o início de uma nova era para o Brasil, a figura do Tiradentes foi relembrada e exaltada pelos republicanos, afim de ganhar o apoio do povo, que estava acostumado com a monarquia, e tinha muitas dúvidas em relação ao governo. Joaquim José da Silva Xavier virou então, um símbolo de honra por dar a vida pelos ideais republicanos, e enfrentar destemidamente o seu destino.

Por isso, o dia de sua morte foi declarado como feriado nacional, afim de que houvesse uma reflexão da população sobre uma das conquistas mais importantes que o Brasil já teve: A conquista da democracia.